O ácido ursólico, um tipo de ácido carboxílico triterpenoide pentacíclico
purificado de plantas naturais, pode promover o desenvolvimento do
músculo esquelético e queima de gordura.
FORÇA E RESISTENCIA
Um estudo realizado teve como
objetivo medir os efeitos do treinamento de resistência (TR) com/sem ácido
ursólico no desenvolvimento do músculo esquelético. Dezesseis homens saudáveis
(idade, 29.37±5.14 anos; IMC = 27.13±2.16 kg/m) foram aleatoriamente atribuídos
aos grupos de TR (n = 7) ou TR + ácido ursólico (TR + AU = 9).
Ambos os grupos
completaram 8 semanas de intervenção consistindo em 5 conjuntos de 26
exercícios, com 10 a 15 repetições a 60 – 80% de 1 repetição máxima e um
intervalo de descanso de 60 a 90 segundos entre os conjuntos, realizados 6
vezes por semana.
Ácido ursólico ou placebo foram ingeridos 1 cápsula 3 vezes
ao dia via oral por 8 semanas. A gordura corporal foi
significativamente diminuída (p<0,001) no grupo TR + AU, apesar dos níveis do peso corporal, IMC,
glicose, insulina e a massa corporal magra continuarem o mesmo. IGF-1 e irisina
foram significativamente aumentadas comparadas com os níveis basais no grupo TR
+ AU (p<0,05).
Extensão máxima esquerda e direita(p<0,01), flexão direita
(p<0,05), e flexão esquerda (p<0,001) foram significativamente aumentados
em relação aos níveis da linha de base no grupo de TR + AU. Estas descobertas
sugerem que a elevação induzida de Irisina pelo Ácido ursólico pode ser útil como um agente
para a melhoria da força muscular do durante o Treinamento de resistência. Korean
J Physiol Pharmacol. 2014 out; 18 (5): 441-6.
REJUVENESCIMENTO DO MÚSCULO
O Ácido Ursólico (AU) é um componente
lipofílico, que é altamente encontrado em frutas. AU tem algumas
características, das mais importantes é seu efeito anabólico sobre os músculos
esqueléticos, que por sua vez tem um papel de destaque no processo de
envelhecimento.
O estudo teve como objetivo analisar se
o Acido Ursólico aumenta biomarcadores antienvelhecimento (SIRT1 e PGC-1α) nas células
satélites isoladas, para preparar o caminho para a proliferação de células
satélites in vitro. Os resultados revelaram que AU elevou a expressão de SIRT1
e PGC-1α genes.
Em uma segunda parte do estudo, os
autores tinham como objetivo entender se é possível generalizar os resultados
in vitro para in vivo. Para isso, um estudo foi concebido para investigar os
efeitos do AU sobre o estado de energia celular em modelos animais.
Os autores observaram que o AU diminuiu
as taxas de energia celular, tais como ATP (3 vezes) e ADP (18 vezes). No que
diz respeito ao papel do AU no gasto energético e como um biomarcador
antienvelhecimento, pode-se perguntar para esclarecer o rejuvenescimento do
músculo esquelético, bem como a proliferação de células satélites e
neomiogênese.
Os resultados ilustraram que Acido Ursólico impulsionou a neomiogênese através do aumento do número de células satélite. Os
resultados indicaram que AU através do aumento da expressão de mioglobina
acompanhado com transformador da glicólise do estado oxidativo e fibras
musculares de contração lenta.
Os
autores concluíram que o Acido Ursólico pode ser considerado como um potencial candidato
para o tratamento de condições patológicas associadas com a atrofia e
disfunção muscular, incluindo a atrofia do
músculo esquelético, a esclerose lateral amiotrófica (ALS), sarcopenia e
doenças metabólicas dos músculos.Hipóteses
Med. 2015 Jul; 85 (1): 1-6.
REFERÊNCIA
Bang HS et al., A elevação induzida pelo ácido ursólico da
irisina sérica aumenta a força muscular durante o treinamento de resistência em
homens. Korean J Physiol Pharmacol. 2014
out; 18 (5): 441-6.
Bakhtiari N et al., .O ácido ursólico melhora o envelhecimento do fenótipo metabólico através
da promoção do rejuvenescimento do músculo esquelético. Hipóteses Med. 2015
Jul; 85 (1): 1-6.